Grupo de Fados da Académica da Madeira

O Grupo de Fados da Académica da Madeira Fatum foi constituído em Janeiro de 2010, contrariando a inexistência de tradição em fazer ouvir as vozes dos estudantes que acompanhavam os trinares das guitarras de Coimbra.

Há muito que a criação de um grupo desta natureza era objectivo da Académica da Madeira. Desde 2007, o aniversário da revista da Académica da Madeira vinha a ser comemorado com uma noite de fado de Coimbra, inicialmente, reservada a pessoas directamente ligadas à Academia. O sucesso do evento exigia que se abrisse ao público em geral, objectivo cumprido com a recriação de uma serenata tradicional coimbrã, a Serenata Académica da Madeira, um ano depois.

Os Fatum surgem, então, com o fulgor e entusiasmo deixado pelos grupos que por aqui passavam. Capas Negras, Grupo de Fados do Instituto Superior de Engenharia do Porto, Sangue Novo e o Grupo Madeirense de Fados de Coimbra foram grandes responsáveis pelo surgimento da ideia, agora concretizada, de um grupo de fados na Universidade da Madeira.

A primeira actuação teve lugar no dia 26 de Março de 2010, no âmbito do 4.º aniversário da revista da Académica da Madeira. A partir dessa data o grupo começou a realizar várias actuações, sendo, neste momento, o grupo residente dos Saraus de Fado que são realizados, mensalmente, no Colégio dos Jesuítas do Funchal, outro projecto dinamizado pela Academica da Madeira.

FADO
DE COIMBRA

O sentimento português cantado por estudantes

Fado (do latim, fatum significa destino) é um género musical que em Lisboa é de índole plangente e fatalista, mas que em Coimbra assume a natureza da balada.

O Fado de Coimbra ou Canção de Coimbra é um género musical urbano com origem na cidade desse nome, fortemente associado à Universidade. Integrada no todo do centro histórico de Coimbra, da Universidade e da cultura associada a esses cenários centenários, o Fado de Coimbra é ele próprio uma manifestação de cultura portuguesa reconhecida como Património Mundial da Humanidade pela UNESCO.

O Fado português surgiu a partir de formas populares da cultura portuguesa misturada com sons castelhanos, franceses e até mouriscos. A vertente da canção coimbrã proveio da lírica trovadoresca, que constitui a primeira forma da literatura portuguesa, levando logo ao exercício mais cuidado na composição escrita e musical.

A poesia amorosa de alto nível literário associada aos dedilhados nas cordas tornou este estilo musical mais distinto, mas a alma poética dos estudantes coimbrões, boémia, amante e estroina, desenvolveu diversos estilos conforme as temáticas da moda: serenatas de amor, fados clássicos, canções populares ou de religiosas, canções de embalar, guitarradas e, claro, apologia da vida estudantil e da cidade da Coimbra.

Foi usado ainda como manifesto político na defesa da liberdade e dos valores da academia coimbrã, valendo a muitos dos autores e intérpretes a prisão e o exílio, que se tornaram igualmente mote de novas composições.

Obra de autores ilustres, a Canção de Coimbra veio ao mundo pela mão de António Nobre, de Antero de Quental, de Eça de Queiroz, de Guerra Junqueiro, de António Nobre, de Aristides de Sousa Mendes, de Miguel Torga, de Eugénio de Andrade, de Edmundo de Bettencourt, de Artur Paredes, de Carlos Paredes, de Zeca Afonso, de Manuel Alegre, de António Portugal e de muitos outros.

Hoje, são vários os grupos de estudantes se dedicam a este género, expressando o que de melhor se compôs em português.

Discografia

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Disponivel em:

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REPORTÓRIO

O fado de Coimbra, hoje visto como uma expressão importante da cultura portuguesa, pode ser apresentado em serenatas de rua e concertos em espaços fechados. Com duração que varia entre os 30 e os 45 minutos, o espectáculo integra temas diversificados na temática e no ritmo e instrumentais. A lista de obras é composta por:

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FADOS E BALADAS DE COIMBRA

Alegre se fez triste – Manuel Alegre/José Niza.
Amor de Estudante – Zeca Afonso/Popular.
Balada da Despedida do V Ano Jurídico 88/89 – António Vicente/João Paulo Sousa e Rui. Pedro Lucas.
Balada da Despedida do VI Ano Médico 2008 – Guilherme Lourenço Fialho.
Balada da Despedida VI Ano Médico 58 (Coimbra tem mais encanto) – Fernando Machado Soares.
Balada da Distância – Luiz Goes
Balada de Despedida do VI Ano Médico de 2007 – Guilherme Fialho.
Balada do Outono – Zeca Afonso.
Balada dos meus amores – Edmundo Bettencourt/Luiz Goes.
Cantar da Emigração – Rosália de Castro/José Niza.
Canção da Infância – Armando Goes.
Canção das lágrimas – Armando do Carmo/Armando Goes.
Canção de Embalar (Canção da Estrela d’Alva) – Zeca Afonso.
Canção de Infância – Armando Goes.
Capa Negra, Rosa Negra – Manuel Alegre e António Portugal/Adriano Correia de Oliveira.
Coimbra é uma lição de amor – José Galhardo/Raúl Ferrão.
Fado da Despedida – João Conde Veiga/Luiz Goes.
Fado de Santa Cruz (Igreja de Santa Cruz) – Popular/Fortunato Roma da Fonseca.
Fado do Olhos Claros – Edmundo Bettencourt/Mário Faria Fonseca.
Fado dos Passarinhos (Passarinho da Ribeira) – Popular/António Menano e Alberto Menano.
Fado Hilário – Augusto Hilário.
Fado Solitário – António Menano/Francisco Menano
Feiticeira – Ângelo Araújo.
Inquietação – Edmundo Bettencourt/Alexandre Resende.
Maria – Antero de Quental e João Farinha.
Maria se fores ao Baile – Ângelo Araújo/Popular e Sargento J. R. Robles.
Menina e Moça (Coimbra Menina e Moça) – Américo Pinto/Popular e Fausto Frazão.
Menino d’oiro – Zeca Afonso.
Ondas do Mar – Carlos Figueiredo.
Samaritana – Álvaro Cabral.
Saudades de Coimbra – Mário Faria Fonseca/António de Sousa.
Tenho barcos, tenho remos – Popular (alentejano)/Zeca Afonso.
Traz outro Amigo também – Zeca Afonso.
Trova do Vento que Passa – Manuel Alegre/António Portugal.
Vejam Bem – Zeca Afonso.
Vira de Coimbra – Popular, adaptação por António Portugal e Zeca Afonso.

OUTRAS ADAPTAÇÕES

Adeus que me vou embora – António Variações.
As Bordadeiras – Nelson de Barros/Fernando Carvalho. Repertório de Maximiano de Sousa (Max).
Barco Negro – David Mourão Ferreira/Caco Velho e Piratini. Repertório de Amália Rodrigues.
Canoa do Tejo – Frederico de Brito (Britinho). Repertório de Carlos do Carmo.
Deolinda de Jesus – António Variações.
Foi Deus – Alberto Janes. Repertório de Amália Rodrigues.
Ó Ai Menina Ó Ai – João Nobre/Joaquim Luiz Gomes. Repertório de Maximiano de Sousa (Max).
Pedra Filosofal – António Gedeão (Rómulo de Carvalho)/Manuel Freire.
Pomba branca – Vasco de Lima Couto/Max. Repertório de Maximiano de Sousa (Max).
Por morrer uma andorinha – João da Mata/ Frederico de Brito/ Francisco Viana. Repertório de Carlos do Carmo.
Quero é viver – António Variações. Repertório de Humanos.
Zanguei-me com meu amor – Linhares Barbosa/Popular. Repertório de Amália Rodrigues.

INSTRUMENTAIS

Asas sobre o Mundo – Artur Paredes.
Balada de Coimbra – Carlos Paredes.
Canção da Primavera – Francisco Martins.
Canção de Alcipe – Afonso Correia Leite.
Dança Palaciana – Carlos Paredes.
Dança – Carlos Paredes. ​
Variações em Lá menor – João Bagão.
Variações em Ré menor – Artur Paredes.
Verdes Anos – Carlos Paredes.